
Clique para ampliar |
Uma equipe de cientistas que obteve núcleos de sedimentos depositados fora da costa da Antártica publicou um trabalho que conclui que, durante o Eoceno (53 milhões de anos atrás), as temperaturas durante o inverno estavam acima de 10°C e no verão superavam os 20°C.
Esse clima ameno possibilitava que palmeiras, faias e araucárias crescessem no continente. Ele foi consequência de concentrações de CO2 atmosférico da ordem de 600 ppm (partes por milhão). As emissões atuais resultantes do desmatamento, agricultura e queima de combustíveis fósseis já nos fizeram a atingir 390 ppm.
Segundo David Bendle, um dos cientistas que realizou a pesquisa, a conclusão do estudo é “quanto mais informações obtemos, mais parece que os modelos que estamos usando não superestimam a mudança [climática] ao longo dos próximos séculos, e que eles podem estar subestimando-a. Essa é a mensagem essencial”.
Autor deste blog, Fabio Olmos é biólogo e doutor em zoologia. Tem um pendor pela ornitologia e gosto pela relação entre ecologia, economia e antropologia. |
Leia também
COP30: semana de debate ampliado sobre riscos climáticos para a saúde
Clamor por soluções nas ruas, anúncios de investimentos governamentais, campanhas pela vacinação em pauta e carimbó fizeram parte da programação →
Projeto de lei ameaça um dos maiores refúgios de felinos do Brasil
O PL muda os limites do Parque Estadual do Mirador, no Maranhão, e retira proteção de áreas-chave de Cerrado para sobrevivência do gato-do-mato e outros felinos →
Casa IPÊ promove debates sobre restauração, fogo e justiça climática durante a COP30
Programação reúne especialistas, pesquisadores e comunidades tradicionais em Belém para discutir caminhos de conservação e desenvolvimento sustentável →



Autor deste blog, Fabio Olmos é biólogo e doutor em zoologia. Tem um pendor pela ornitologia e gosto pela relação entre ecologia, economia e antropologia.

