Análises

Alcatrazes: beleza e diversidade que pedem proteção

O golfinho-pintado-do-atlântico deixa seu grupo e acompanha nosso barco. Estamos no Arquipélago de Alcatraz, ainda em busca de sossego. 

Fabio Olmos ·
1 de agosto de 2012 · 13 anos atrás
Golfinho-pintado-do-atlântico. (Foto: Fabio Olmos)
Golfinho-pintado-do-atlântico. (Foto: Fabio Olmos)

Clique para ampliar

O Arquipélago dos Alcatrazes, no litoral norte de São Paulo, inclui ilhas com espécies endêmicas (incluindo anfíbios e serpentes), ninhais de aves marinhas (incluindo a maior colônia de fragatas do Atlântico sul) e uma área marinha onde vivem meros, raias-manta, baleias e golfinhos. Trata-se de um local prioritário para a conservação, hoje apenas parcialmente protegido por uma estação ecológica.

A Marinha do Brasil usa a área para exercícios de tiro. Após anos de disputas com conservacionistas, chegou-se a um acordo para a criação de um parque nacional abrangendo a área, iniciativa que conta com o apoio das prefeituras locais e do governo estadual e viabilizaria o turismo controlado no arquipélago.

A expectativa era que o decreto de criação do parque fosse assinado pela presidente Dilma Rousseff durante a Rio+20, o que não aconteceu — mais uma decepção de um evento fraco. Espera-se que o parque seja criado ainda este ano, mas não há previsão confiável.

Se você deseja apoiar a iniciativa de criação do parque nacional clique aqui para conhecer o abaixo-assinado a esse respeito.

e gosto pela relação entre ecologia, economia e antropologia.

  • Fabio Olmos

    Biólogo, doutor em zoologia, observador de aves e viajante com gosto pela relação entre ecologia, história, economia e antropologia.

Leia também

Notícias
23 de junho de 2025

Escalada de conflitos armados interfere nas negociações em Bonn

Organizações observadoras relatam clima ruim e desconexão entre o que acontece dentro e fora das salas de negociações

Podcast
23 de junho de 2025

Entrando no Clima #49 – Brasil tenta ser líder climático, mas abre novas fronteiras de petróleo

Neste episódio, Beatriz Pagy, fundadora da organização Clima de Política, também nos conta como o parlamento tem trabalhado para apoiar – ou não – a COP30

Colunas
23 de junho de 2025

A guerra e a inércia climática das sociedades

Globalmente ficou mais fácil justificar a inação climática. Para a alegria dos interesses do petróleo, essa cadeia produtiva que se vê fortalecida com as ameaças de guerra

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.