![]() |
Depois do retorno da equipe, o módulo deve começar sua operação plena e a coletar automaticamente amostras do ar polar. “Estamos na segunda semana de trabalho e já podemos dizer que a expedição é um sucesso. Embora a temperatura tenha caído um pouco, chegando a -17°C, com sensação térmica de -42°C, os trabalhos ao ar livre estão sendo feito sem muitos problemas. Nossa perfuração nas camadas de gelo para obtenção dos testemunhos* já chega a 70 metros de profundidade, o que nos possibilita reconstruir os últimos 300 a 400 anos da história da atmosfera terrestre”, conta por telefone o líder da expedição, professor Jefferson Simões, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
![]() |
Sobre a noite de Ano Novo no gelo, Simões conta que a temperatura esteva na casa dos -30°C, mas a comemoração do grupo foi dentro do módulo Criosfera 1, cujo termômetro marcava 14°C (positivos). “O isolamento térmico do módulo é excelente e esta temperatura agradável é atingida somente com a radiação solar que passa pelas janelas”, revela.
![]() |
O grupo segue dividido entre esses dois acampamentos até o final dos trabalhos, que devem ser concluídos dia 20 de janeiro de 2012. A expectativa é que dia 25 de janeiro todos já estejam de volta, comemorando o sucesso da missão científica pioneira no país.
*Testemunhos de gelo são cilindros de cerca de 7 cm de diâmetro e 80 cm de comprimento obtidos através da perfuração das camadas de gelo que cobrem o continente antártico. Através de analíses físicas e químicas, em laboratório, é possivel reconstituir a história da composição atmosférica da Terra.
Leia também
Pesquisadores descobrem menor espécie de peixe cascudo-graveto
Nova espécie não ultrapassa os dez centímetros de comprimento, tem aparência de galho e vive em riachos na bacia do Alto Rio Paraguai, em Mato Grosso →
Pará ganha guia de bolso para identificação de primatas
Lançamento foi feito durante a COP30 e ilustra as 40 espécies de macacos que vivem no estado paraense, quase metade delas já ameaçadas de extinção →
O desaparecimento silencioso das florestas marinhas e sua importância na luta contra as mudanças climáticas
As florestas de sargaço, fundamentais para a saúde dos ecossistemas marinhos, estão ameaçadas pelas mudanças climáticas e precisam ser valorizadas no Pacote Azul da COP 30 →





