A reforma da BR-319 é inviável do ponto de vista econômico e ambiental, mas o governo bate pé pelo asfaltamento daquela ligação entre Porto Velho (RO) e Manaus (AM), abrindo as veias de uma das porções mais preservadas da Amazônia a tudo de bom que o Brasil vem oferecendo a suas matas nativas. A mais nova investida de setores arcaicos do governo é a tentativa de evitar até o licenciamento da possível pavimentação daqueles 400 quilômetros.
Por isso, ambientalistas estiveram hoje alertando senadores sobre essa possibilidade, aberta pela aprovação da Medida Provisória 452, que libera de licenciamento prévio reformas e pavimentação de estradas federais. A Amazônia ficaria de fora desse arranjo pró-desenvolvimentista, mas os ventos não são muito favoráveis. Um parecer do senador Eliseu Resende (DEM/MG) é favorável à MP, que depende agora de aval de seus colegas.
“Compartilhamos, portanto, a opinião emitida pela Câmara dos Deputados, no sentido de que a etapa preliminar do licenciamento ambiental, com a emissão da respectiva licença prévia, somente é cabível no caso de empreendimentos rodoviários novos”, diz o parlamentar.
Saiba mais:
Liberando geral nas rodovias
Crítica às estradas sem licenças
Ensaio sobre a miopia
Leia também

Em semana de leilão de petróleo, Brasil fala à comunidade internacional sobre transição energética
Presidência da COP30 divulga quarta carta à comunidade internacional, detalhando sua visão para a Agenda de Ação →

Jardim Botânico do Rio de Janeiro recebe novos servidores públicos
Os vinte aprovados no último concurso foram nomeados pelo MGI. Autarquia ligada ao MMA, o JBRJ coordena a avaliação de risco de extinção da flora nacional →

Artistas e influenciadores assinam manifesto em defesa do meio ambiente e das demarcações das Terras Indígenas
Evento no RJ teve a participação das ministras Marina Silva, Sonia Guajajara, da deputada federal Célia Xakriabá e de diversas personalidades da cultura brasileira →