Conhecido pela imensa quilometragem de aceiros para prevenção de tragédias com o fogo, desta vez o Parque Nacional das Emas (GO) não conseguiu se defender das três frentes de queimada que arrasaram praticamente toda a unidade de conservação em apenas dois dias. Estima-se que entre os dias 12 e 13 de agosto mais de 90% dos 132 mil hectares do Parque das Emas tenham sido queimados.
O chefe do parque, Marcos Silva Cunha, comunicou que a partir desta terça-feira a unidade ficará fechada por pelo menos 30 dias para recuperação das estruturas danificadas, e principalmente para preservar fauna e flora sobreviventes.
Diversos animais que viviam nesta porção de Cerrado cercada por lavouras de soja estão sendo vistos pelos arredores da cidade de Chapadão do Céu perdidos, por isso foram planejadas ações de fiscalização de caça na região. Também nesta semana será realizada perícia no entorno da unidade de conservação para descobrir as causas do incêndio.
A última vez que um desastre causado pelo fogo tomou essas proporções foi em 1994, quando foram contabilizados mais de 300 tamanduás-bandeiras carbonizados.
O Instituto Chico Mendes determinou a todas as suas unidades que considerem ações de prevenção e combate a incêndios prioritárias no país.
Saiba mais sobre o Parque Nacional das Emas na reportagem “Jóia goiana”
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O Fogo no Parque Nacional das Emas – livro de Helena França • Mário Barroso Ramos Neto • Alberto Setzer
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