Quase 30 organizações não-governamentais divulgaram hoje um manifesto com duras críticas à aprovação da MP452 pela Câmara, que libera de licenciamento prévio reformas e pavimentação de estradas na Amazônia. O Eco havia informado sobre essa possibilidade no dia 8. As entidades atacam a medida, que ainda deve ser aprovada pelo Senado, afirmando que a mesma pretende burlar a Constituição e que os maiores impactos se dão após o asfaltamento. “A pavimentação de estradas é o maior vetor de desmatamentos na Amazônia. Historicamente 75% dos desmatamentos da região ocorreram ao longo das rodovias pavimentadas, como ocorreu na Belém-Brasília (BR 010), na Cuiabá-Porto Velho (BR 364) e no trecho matogrossense da Cuiabá-Santarém (BR 163)”, informa a nota. Também sobra para a BR-319, nos planos asfálticos governistas. “O asfaltamento da BR 319 servirá apenas para abrir a região mais remota e preservada da Amazônia à ocupação desordenada, além de deteriorar, via forte pressão migratória, a qualidade de vida da cidade de Manaus”, diz o texto. O autor da malfadada proposta é o deputado federal José Guimarães (PT/CE), irmão de José Genoíno (PT/SP). Confira a nota aqui. O governo deve fazer ouvidos moucos ao protesto, como de costume frente a questões ambientais.
Leia também
Pesquisadores descobrem menor espécie de peixe cascudo-graveto
Nova espécie não ultrapassa os dez centímetros de comprimento, tem aparência de galho e vive em riachos na bacia do Alto Rio Paraguai, em Mato Grosso →
Pará ganha guia de bolso para identificação de primatas
Lançamento foi feito durante a COP30 e ilustra as 40 espécies de macacos que vivem no estado paraense, quase metade delas já ameaçadas de extinção →
O desaparecimento silencioso das florestas marinhas e sua importância na luta contra as mudanças climáticas
As florestas de sargaço, fundamentais para a saúde dos ecossistemas marinhos, estão ameaçadas pelas mudanças climáticas e precisam ser valorizadas no Pacote Azul da COP 30 →



