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PCHs são planejadas no Jalapão

Estudos de impacto para barragens em duas atrações turísticas do Tocantins já foram entregues ao órgão ambiental estadual. 

Redação ((o))eco ·
18 de fevereiro de 2011 · 15 anos atrás
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Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente
Cachoeira da Velha pode ser afetada por obras de PCHs (foto: Agência Rota da Iguana)
Cachoeira da Velha pode ser afetada por obras de PCHs (foto: Agência Rota da Iguana)
Palmas – Um projeto de implantação de Pequenas Centrais de Hidrelétricas (PCHs) na região do Jalapão (TO) está em fase de estudo. Mais especificamente no rio Sono (encontro das águas) e rio Novo (Cachoeira da Velha). Como não ocupam grandes espaços nem precisam de lagos gigantescos, as PCHs podem ser construídas enfileiradas.


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No estado, isto já está acontecendo nos municípios de Dianópolis, que possui oito PCHs no rio Palmeiras e outras tantas em Taguatinga. Ambas cidades ficam na região da Estação Ecológica da Serra Geral, portão de entrada para o Parque Estadual do Jalapão.

Além de afetar estas unidades de conservação de proteção integral, a preocupação é que a Cachoeira da Velha, uma das principais atrações turísticas do Jalapão, seja interditada para visitações como ocorreu com a Cachoeira do Registro, em Taguatinga.

De acordo com o Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), a licença para a implementação de PCHs no Jalapão foi negada por dois anos consecutivos.

Questionado sobre este novo processo de licenciamento, o diretor de licenciamento do órgão Mauricio José disse preferir não falar sobre o assunto, por ser ainda uma questão interna do Naturatins. “Prefiro não mexer nisso agora. Os interessados ainda estão em fase de estudos e análise da viabilidade de implantação do empreendimento, por isso solicitaram manifestação do órgão”, disse. Ele resgatou a nota técnica da Agência Nacional de Águas (ANA), datada de 2009, que prevê plano estratégico que proíbe a instalações de hidrelétricas na Bacia do Rio do Sono até o ano de 2025. “Estamos levantando os argumentos ainda, mas acredito que com isso, esse projeto não saia”, finalizou.

Por necessitarem apenas de uma queda de água e pouca vazão, as PCHs, proliferam sem controle, engolem cavernas e destroem corredeiras. Além dos impactos ambientais, as PCHs por gerarem somente 30MW, são isentas de pagamento de royalties aos municípios, ao contrário das grandes hidrelétricas. (Leilane Marinho)

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