
A publicação está dividida em dois grandes conjuntos de dados – relacionados a 58 espécies exóticas e à estrutura e ações nacionais para enfrentá-las, atendendo a diretrizes da Convenção da Diversidade Biológica das Nações Unidas. O livro não será vendido, mas sim distribuído a instituições de ensino e bibliotecas em todo o país. Mais informações pelo telefone (61) 3105-2199
Segundo o editor científico da obra, o professor do Instituto Oceanográfico da USP Rubens Lopes, os principais meios para introdução dessas espécies estão ligados ao transporte marítimo. “O impacto do transporte marinho é muito grande na sua introdução. E ela ocorre por meio da água de lastro, despejada em quantidades imensas na costa brasileira, como por incrustação nos cascos de navios e plataformas de petróleo”, disse, conforme a agência Fapesp. Outro fator é a aquicultura. “A atividade traz organismos exóticos que acabam sendo lançados no ambiente natural e se tornam invasores”, afirmou.
O coral Tubastraea tagusensis (foto), conforme Lopes, chegou acidentalmente ao Brasil incrustado em plataformas de petróleo e, possivelmente, também pelo transporte em cascos de navios. No país, ele é reportado desde o fim da década de 1980, quando foi observado em plataformas na Bacia de Campos. Mais recentemente, dominou costões na região da Ilha Grande, sul do Rio de Janeiro. Em agosto de 2008, foi avistado no litoral norte de São Paulo.
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