Nesta semana, a secretaria de meio ambiente de Mato Grosso revogou o único documento que dá alguma orientação à gestão da Área de Proteção Ambiental da Chapada dos Guimarães, considerada zona tampão do Parque Nacional da Chapada dos Guimarães. O secretário Luiz Henrique Daldegan não precisou de mais do que duas linhas e meia para justificar a revogação do macrozoneamento da APA: “só pode ser feito por lei ordinária”. Assim, como as regras para uso e ocupação da área protegida foram estabelecidas pela própria secretaria por portaria, não lei, foi preferível revogá-la para deixá-la sem instrumento de gestão. Há pouco mais de dois meses, Cuiabá ganhou o direito de ser uma das cidades-sede para a Copa de 2014 e desde janeiro seu secretário de turismo propagandeia uma série de investimentos, como teleféricos, resorts, campos de golfe e outros no entorno da Chapada. Para concretizá-los, acabaram de se livrar de mais um empecilho ambiental.
Leia também
The other side of the United Arab Emirates and its efforts to conserve biodiversity
The country, which led efforts to save the Arabian oryx from extinction, is also investing in marine protected areas for dugongs, as explained by the Minister of Environment at the IUCN Congress →
Satélites e inteligência geoespacial reforçam proteção da Mata Atlântica
Operação de MPs e órgãos ambientais já aplicou R$ 116 mi em multas por desmates e outros delitos em estados do bioma →
Zona Verde da COP30 será aberta ao público e promete ampliar o diálogo climático em Belém
Espaço aberto durante a COP30, a Zona Verde será palco de debates, exposições e atividades culturais que aproximam a sociedade da agenda climática global →



