![]() |
O secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, e o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), receberam do Comitê Brasil pelas Florestas um abaixo assinado com 1,5 milhão de assinaturas pedindo a rejeição da atual proposta de alteração da legislação ambiental.
Essa seja talvez a última cartada dos ambientalistas frente ao rolo compressor no Senado para a aprovação de um texto considerado permissivo com o crime ambiental. Aprovado na Comissão de Meio Ambiente na última quinta, o relatório do senador Jorge Viana (PT-AC) libera pastagens em áreas de preservação permanente e acaba com a obrigação de Cadastro Ambiental Rural inteiramente georeferenciado. O Greenpeace, que participou da manifestação, alçou um grande balão frase intimando senadores “a desligarem a motosserra.”
O compromisso de Dilma na campanha presidencial de 2010 era vetar a anistia aos desmatadores. Como os grandes fazendeiros ficaram de fora do benefício, a presidente parece estar com a consciência tranquila.
Aliás, anistia não tem mais nem este nome, virou programa de regularização ambiental. A senadora-presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Katia Abreu, queria anistia geral e não levou. Mas não custa lembrar, que foi o próprio Jorge Viana (PT-AC) que apaziguou ânimos ruralistas na Comissão de Meio Ambiente ao dizer que já havia negociado com a ministra Izabella que a discussão das multas dos grandes seria tema de outro projeto de lei.
![]() |
Leia também

O Pantanal e outras zonas úmidas são heroínas climáticas esquecidas
Além de estocar mais carbono do que as florestas planetárias, também abrigam biodiversidade, povos indígenas e tradicionais →

Conectividade e energia renovável transformam a sociobioeconomia amazônica
Acesso à internet e energia renovável fortalecem comunidades tradicionais e impulsionam mercados sustentáveis na Amazônia →

Investigações sobre a ANM chegam ao STF e reacendem alerta sobre transparência no setor
Suspeitas de fraudes em licenças ambientais e influência política expõem fragilidades na regulação da mineração no Brasil →