Essa é a Transamazônica, uma estrada feita para rasgar uma floresta densa onde os nativos sempre optaram por circular nos rios. Mais que uma estrada, é uma visão de mundo, uma busca por destruir a natureza em nome do ideal de progresso do século XX. Feito nos anos 70, o anúncio do Fusca, acima, sintetiza tudo.
Beira o impossível aos brasileiros urbanos do sul maravilha entender o que é a estrada, o que é a floresta e como vive sua população.
As grandes obras continuam por lá, Belo Monte que o diga. No entanto, três amigos munidos de bicicletas cruzaram a floresta. Movidos pelas próprias pernas Daniel Santini, Marcelo Schadt Assumpção, Valdinei Calvento tornaram-se um projeto, o CicloAmazônia, uma expedição necessária para ajudar a entender a Amazônia brasileira. Uma terra prometida do “país do futuro” que ainda no presente é compreendida por Brasília e pelo resto do país como depósito de recursos naturais a serem explorados.
É triste ler sobre as pedaladas cercadas de pasto, poeira e nenhuma sombra, mas dá esperança conhecer a hospitalidade dos nativos que abrem as portas de suas casas para oferecer abrigo e comida para 3 ciclistas.
Nessa semana, eles terminaram o percurso. Agora, passarão a editar imagens, vídeos e depoimentos que serão transformados em reportagens especiais sobre a Amazônia.
Brasileiros do sul maravilha e de todo o país estão mais do que convidados a contribuir com o projeto. Até o dia 22 de setembro de 2012, cada pequena contribuição irá garantir o sucesso desse mergulho num Brasil desconhecido que precisa ser entendido de outra forma para que possamos garantir a preservação da floresta, patrimônio que só é riqueza com as árvores de pé.
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