Na estação de Mauá da Companhia Metropolitana de Trens (CPTM) funciona o que é considerado o maior bicicletário de São Paulo e, consequentemente, um dos principais da América Latina. No local são atendidos em média cerca de 1.700 pessoas por dia, segundo dados da Associação dos Condutores de Bicicletas de Mauá (Ascobike), organização não governamental criada em 2001 com o objetivo de administrar o espaço e ajudar a promover a bicicleta como meio de transporte. A capacidade é de 2.000 vagas e há cerca de 10.000 usuários diferentes cadastrados.
A ideia de formar uma associação de apoio aos que pedalam foi do ferroviário Adilson Alcântara, a partir da observação das dezenas de bicicletas que eram amarradas de maneira improvisada em postes ou grades ao redor da estação. Responsável pela estação em questão, ele propôs à diretoria da CPTM a criação do bicicletário e conseguiu dar vida a um terreno vazio da empresa vizinho ao terminal cedido por regime de concessão. Foi um passo importante para que a administração da empresa passasse a vislumbrar o potencial de promover ligações intermodais, estimulando a combinação de deslocamentos com bicicleta e trem.
(clique na imagem para ler mais a respeito no Manual Ascobike 2009, em formato PDF).
Os Ascobike evoluiu e hoje, além do espaço para as bicicletas, tornou-se um centro de luta em prol do uso da bicicleta como transporte. Além do estacionamento, os ciclistas podem contar com banheiros, serviço de manutenção, empréstimo de bicicletas, café e água, apoio jurídico e até serviço de assistente social. Entre os projetos em que a associação está envolvida está um programa de doação de bicicletas usadas – a Ascobike reforma a bike e a repassa para um trabalhador local.
Reconhecimento
A Ascobike está participando do “Cidades Ativas, Cidades Saudáveis”, concurso de iniciativas de incentivo ao transporte sustentável, à preservação do meio ambiente e de apoio a estilos de vidas saudáveis. Podem participar grupos de toda América Latina e Caribe. O concurso é patrocinado pela Organização Panamericana de Saúde, a Rede Embarq, e os Centros para o Controle e Prevenção de Doenças. O prêmio para os vencedores é a exposição mundial do projeto, com a produção de um documentário.
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