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Expedição identifica 1.300 espécies na Amazônia do Suriname

Expedição científica da Conservação Internacional descobre novas espécies e avalia potencial de ecoturismo na região de Kwamalasamutu.

Karina Miotto ·
26 de janeiro de 2012 · 14 anos atrás
Besouro de folha (Stilodes sedecimmaculata) é encontrado somente no Escudo das Guianas. Existem mais de 35.000 espécies de besouros de folha no mundo. Esta espécie foi observada durante o Programa Internacional de Conservação de Avaliação Rápida, no sudoeste do Suriname em agosto e setembro de 2010. Foto: © Trond Larsen
Besouro de folha (Stilodes sedecimmaculata) é encontrado somente no Escudo das Guianas. Existem mais de 35.000 espécies de besouros de folha no mundo. Esta espécie foi observada durante o Programa Internacional de Conservação de Avaliação Rápida, no sudoeste do Suriname em agosto e setembro de 2010. Foto: © Trond Larsen
A Conservação Internacional (CI) divulgou dados esta semana sobre a biodiversidade do sudoeste do Suriname, onde foram documentadas 1.300 espécies. Entre elas, estão 46 espécies provavelmente desconhecidas da ciência, caso de uma perereca, peixes de água doce, besouros, insetos, libélulas e cigarras. A expedição também avistou grande número de espécies raras.

 


Veja o mapa em tamanho maior.
A técnica utilizada foi a chamada Programa de Avaliação Rápida. A pesquisa, que contou com o trabalho de 53 cientistas, foi realizada ao longo dos rios Kutari e Sipaliwini, próximos ao vilarejo de Kwamalasumutu, de agosto a setembro do ano passado.

Entre as novas espécies destacam-se a Perereca-de-capacete (Hypsiboas sp), Cascudo titânico (Pseudacanthicus sp) e Cigarra arco-íris (Vestria sp). Entre as já conhecidas estão o Sapo-untanha (Ceratophrys cornuta), Cigarra da cabeça cônica (Loboscelis bacatus) e o Besouro copro-necrófago (Coprophanaeus lancifer).

Além da realização de um inventário biológico da região, nessa expedição, a Conservação Internacional também teve o objetivo de descobrir novas possibilidades para o ecoturismo. De acordo com o comunicado oficial da organização, “a natureza intocada da área de Kwamalasamutu e a sua herança cultural fazem desse um destino único para os turistas mais aventureiros”.

Trond Larsen, um dos pesquisadores, conta que o grupo trabalhou de perto com indígenas da comunidade Trio e com estudantes do Suriname. “É imperativo saber quais espécies existem e onde vivem para que possamos evitar que sejam extintas”, afirma. Annette Tjon Sie Fat, outra integrante desse time, acrescenta: “As informações obtidas nesta expedição serão utilizadas para a conservação da região e, esperamos, para o desenvolvimento do ecoturismo”.

A próxima etapa de pesquisas acontecerá em março, no sudeste do país.

 

 

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