Esse é o objetivo principal do projeto HIPPO (HIAPER Pole-to-Pole Observations), realizado por um grupo de pesquisadores de diversas instituições internacionais, cujo trabalho de campo terminou neste mês. A série de voos é um marco nos trabalhos científicos, pois indica a situação dos gases de efeito estufa em altitude, com mais precisão do que é possível mensurar na superfície terrestre.
Mudanças climáticas: Piora nas emissões de carbono deixa clima em perigo
O HIPPO uniu cientistas de diversas organizações, incluindo o National Center for Atmospheric Research (NCAR), a Universidade de Harvard, a National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), a Scripps Institution of Oceanography, a Universidade de Miami e a Universidade de Princeton. Como financiadoras do projeto estão a National Science Foundation (NSF), proprietária do avião utilizado, e a NOAA.
Ao todo, aproximadamente 150 gases e partículas foram analisados na atmosfera. Veja no quadro abaixo os principais resultados obtidos.
Gás / Partícula | Alguns resultados |
Dióxido de Carbono (CO2) |
O tempo que leva para o CO2 ir das regiões das fontes emissoras, na superfície terrestre, até as camadas mais altas da atmosfera e próximas ao pólo é muito mais rápido do que se pensava antes do HIPPO. Ou seja, esse gás se espalha rapidamente pela atmosfera do Planeta.
|
Black carbon (partículas emitidas pelo uso de diesel, atividades industriais e queimadas) |
Esta partícula está mais espalhada pela atmosfera do Hemisfério Norte do que o esperado pelos cientistas e menos concentrada do que o esperado no Hemisfério Sul. Esse dado é importante, pois o black carbon influencia o clima de diversas formas (absorve diretamente a luz solar e influencia a formação de nuvens).
|
Óxido de Nitrogênio (NO2) | Concentração acima do esperado na região da atmosfera tropical. A situação é preocupante, pois o NO2 tem a capacidade de causar o efeito estufa e também de contribuir com a diminuição da camada de ozônio. O crescimento da concentração desse gás na atmosfera está relacionado ao uso intensivo de fertilizante a base de nitrogênio para a agricultura. Como o gás está nas camadas superiores da atmosfera e sobre a região dos oceanos, não é possível localizar exatamente os locais de emissão. Mas presume-se que vem das áreas tropicais e subtropicais, principalmente do Sudeste Asiático e da Índia. |
Leia também
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/26265111-high.jpeg?resize=600%2C400&ssl=1)
Desmatamento no Cerrado cai no 1º semestre, mas ainda não é possível afirmar tendência
Queda foi de 29% em comparação com mesmo período do ano passado. Somente resultados de junho a outubro, no entanto, indicarão redução de fato, diz IPAM →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/15035560-high.jpeg?resize=600%2C400&ssl=1)
Unesco reconhece Parna dos Lençóis Maranhenses como Patrimônio da Humanidade
Beleza cênica e fato de os Lençóis Maranhenses serem um fenômeno natural único no mundo levaram organização a conceder o título →
![](https://i0.wp.com/oeco.org.br/wp-content/uploads/2024/07/unnamed.png?resize=600%2C400&ssl=1)
Dez onças são monitoradas na Serra do Mar paranaense
Nove adultos e um filhote estão sendo acompanhados pelo Programa Grandes Mamíferos da Serra do Mar. Primeiro registro ocorreu em 2018 →
A DECISÃO DEVE SER URGENTE, ESTAMOS DIANTE DA PREVISIBILIDADE E TEMOS QUE TOMAR NOVOS RUMOS NA ECONOMIA DA HUMANIDADE, TODOS VÃO SOFRER EM CASO DE NÃO ASSUMIRMOS ESSE COMPROMISSSO DE REVERTER O NOSSO DESENVOLVIMENTO,