Segundo Anders Rhodin, um dos autores do relatório, alguns quelônios estão entre os vertebrados mais ameaçados do mundo e metade das espécies correm risco de extinção.
A Ásia abriga 17 das 25 espécies mais ameaçadas, devido a décadas de comércio ilegal e uso insustentável. Todas as tartarugas na Ásia estão sendo impactadas de alguma forma pelo tráfico internacional de animais e produção de derivados. Só para atender à imensa demanda da China, milhares de indivíduos são importados de outros lugares da Ásia ou mesmo de outros continentes. Hoje no país praticamente não existem mais espécies nativas na natureza e a produção em cativeiro ainda é insuficiente.
Colecionadores também têm grande parcela de responsabilidade neste quadro, já que muitas vezes chegam a pagar milhares de dólares por um indivíduo no mercado negro. As leis internacionais (como a CITES) e nacionais não estão sendo efetivas para coibir estas práticas.
No topo da lista está George Solitário, o último remanescente da tartaruga gigante de Pinta (Chelonoidis abingdoni), das Ilhas Galápagos. Em seguida, com apenas três machos e uma fêmea, está uma tartaruga gigante de carapaça mole (Rafetus swinhoei). Encontrada na China e Vietnã, os indivíduos chegam a pesar 100 kg e atingem mais de um metro de comprimento. Confira acima as imagens das 25 espécies mais ameaçadas.(com informações da IUCN)
Para saber mais (em inglês)
Veja também:
Fotografia – Projeto TAMAR
A grande jornada das tartarugas
Filhotes de tartaruga na Paraíba
Leia também

“Tragédia anunciada”, ICMBio repudia aprovação do PL que flexibiliza licenciamento
O texto aprovado tira o poder do órgão de autorizar ou não empreendimentos com potenciais impactos em unidades de conservação federal e fragiliza proteção ambiental →

“Estamos vendo o Congresso comemorando a própria destruição”, diz ex-diretor do MMA
Em evento online, pesquisadores discutiram o papel da política na preservação da biodiversidade brasileira e a importância de uma regulamentação efetiva →

Há 25 anos, Sistema Nacional de Unidades de Conservação resiste
Em meio a ataques ao meio ambiente, SNUC se consolida como um dos principais mecanismos de proteção da biodiversidade brasileira →