Na semana passada foi lançado o Atlas Amazônia sob Pressão, com informações e mapas das pressões e ameaças que sofre atualmente a maior floresta tropical do mundo. Este estudo foi um dos primeiros resultados da Rede Amazônica de Informação Socioambiental Georreferenciada, usando a mesma metodologia que o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) utiliza para monitorar a Amazônia brasileira.
O Imazon participou na capacitação de técnicos dos países amazônicos para realizar o processamento dos dados e imagens, desde o sensoriamento remoto até a análise das imagens, explicou Carlos de Souza Junior, pesquisador do Imazon e coordenador do programa de monitoramento da Amazônia.
Após um longo processo de capacitação de quase três anos, técnicos dos países da bacia amazônica membros da RAISG estão habilitados para processar os dados e monitorar a Amazônia em seus países, afirma Carlos. “Agora estamos planejando uma etapa de monitoramento, que seria a cada dois anos, obtendo relatórios em mais curto prazo para entender a dinâmica do desmatamento na Amazônia”, explica.
O desafio agora é consolidar o grupo de especialistas em cada país, e trabalhar na gestão e uso da informação através de parcerias, que são fundamentais para o sucesso do projeto.
O Imazon trabalha há muito tempo no monitoramento da floresta, particularmente no território brasileiro, mas para Carlos de Souza “é importante monitorar toda a bacia amazônica”.
Novas formas de ocupação podem acabar com a Amazônia
Governos amazônicos: decisões geopolíticas vs. conservação
Desmatamentos e queimadas crescem na Amazônia boliviana
Leia também
STF derruba Marco Temporal, mas abre nova disputa sobre o futuro das Terras Indígenas
Análise mostra que, apesar da maioria contra a tese, votos introduzem condicionantes que preocupam povos indígenas e especialistas →
Setor madeireiro do Amazonas cresce à sombra do desmatamento ilegal
Falhas na fiscalização, ausência de governança e brechas abrem caminho para que madeira de desmate entre na cadeia de produção →
Um novo sapinho aquece debates para criação de parque nacional
Nomeado com referência ao presidente Lula, o anfíbio é a 45ª espécie de um gênero exclusivo da Mata Atlântica brasileira →





