O animal homenageado esta semana por ((o))eco é este simpático macaco-barrigudo (Lagothrix lagotricha), que descansa sobre um papelão nas margens do rio Envira, em Feijó (AC). Na cama improvisada, um alerta de ‘Cuidado, Frágil’. É clichê afirmar que uma foto vale mais que mil palavras, mas o oportuno clique dessa imagem feita pela jornalista Nanda Melonio remete exatamente para esse ditado.
O macaquinho acima foi fotografado pôr-do-sol do dia 24 de novembro de 2012. “Estava passeando às margens do rio e acabei vendo indígenas nos barcos que estavam ancorados na margem. Os ashaninkas moram em locais de difícil acesso, geralmente passam 4 dias viajando de barco para chegar à cidade. Fui conversar com eles – alguns falam português, mas muitos, principalmente as mulheres, não nos compreendem – e acabei descobrindo que o macaquinho era o bichinho de estimação de uma das famílias. O bicho era bem esperto e interagia bem com todos nós, inclusive posava para as fotos” informa Melonio, que já escreveu para ((o))eco.
“Os índios estavam assando banana na brasa para comer. O macaquinho, sem saber que a fruta estava quente demais, meteu a mão e, tal qual um menino, sacudiu a mão de dor e saiu correndo sob a risada das mulheres e crianças”, relatou.
Morador da Floresta Amazônica, o Lagothrix lagotricha está classificado como Vulnerável pela lista vermelha da IUCN. Só ganha o adjetivo de “frágil” por causa da perda do habitat resultado principalmente da expansão da agricultura e à caça, dois fatores apontados como principais ameaças à espécie. São também vítimas fáceis do comércio ilegal de animais silvestres. Foto: Nanda Melonio.
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