A Reserva Biológica da Contagem, ao lado do Parque Nacional de Brasília, no Distrito Federal, será alvo de pesquisas para confirmar a presença de sítios arqueológicos e históricos, como um posto fiscal da Coroa Portuguesa. A avaliação está a cargo do professor Wilson Carlos Jardim Vieira Junior, do Departamento de História da Universidade de Brasília (UnB), que percorre a localidade desde 2005. A unidade, segundo ele, abriga construções, monumentos e marcas que contam a história da colonização do Centro-Oeste, e traços da presença humana com mais de 6 mil anos.Com o estudo, poderá ser elaborada uma legislação complementar aos conceitos preservacionistas do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), e se propor novas regras para gestão de áreas protegidas. Mas a iniciativa trata-se de uma corrida contra o tempo, pois os vestígios podem ser destruídos por invasores, comenta em nota o Instituto Chico Mendes, responsável pela gestão da área protegida, de onde também se capta água para a população regional. Especulação imobiliária, estradas, condomínios urbanos, vilas, fábricas de cimento e de asfalto, cascalheiras, invasões para desmatamento do Cerrado e lazer são algumas das pressões sobre a reserva, suas riquezas naturais e históricas.
Saiba mais:
Tempo passa, dinheiro não chega
Pula cerca
Moradia consciente
Leia também
O trabalho de uma década para mapear e proteger as populações de muriqui-do-norte
Esforço liderado pelo Muriqui Instituto de Biodiversidade (MIB) joga luz sobre novas populações e mira no manejo pioneiro como estratégia fundamental para sobrevivência do primata →
MPF pede que Justiça anule autorização do Ibama para testes em bloco de petróleo na foz da Amazônia
Para Ministério Público, decisão do Ibama desconsiderou pareceres técnicos da própria autarquia e violou normas nacionais e internacionais →
PGE pede que Supremo derrube lei em Mato Grosso que limita criação de áreas protegidas
Mudança na lei prevê que só poderão ser criadas novas unidades de conservação no estado após regularização fundiária de 80% das já existentes →