Salada Verde

SP não seguirá catarinenses, diz Graziano

Secretário de Meio Ambiente nega que estado pretenda ter um código ambiental nos moldes de Santa Catarina e responde críticas sobre Conselho Estadual de Meio Ambiente.

Salada Verde ·
7 de maio de 2009 · 16 anos atrás
Salada Verde
Sua porção fresquinha de informações sobre o meio ambiente

São Paulo não terá, “em hipótese alguma”, uma legislação ambiental nos moldes da de Santa Catarina. A afirmação é do secretário de Meio Ambiente de São Paulo, Xico Graziano, em resposta à matéria veiculada no jornal Diário do Comércio e da Indústria no dia 29 de abril, na qual o secretário estadual de Agricultura e Abastecimento, João de Almeida Sampaio Filho, teria dito que o governo paulista “não afasta a possibilidade de criar uma legislação florestal própria, seguindo o exemplo de Santa Catarina”.

A confusão foi formada porque, na matéria, Sampaio afirmou que Graziano estaria, junto com ele, avaliando as mudanças no Código Florestal Brasileiro, e que, se a questão não evoluísse em Brasília, a criação de um código estadual poderia ser uma “opção a se negociar”. Para Sampaio, “a aprovação [da lei] em Santa Catarina foi um passo novo e importantíssimo, que precisa ser bem avaliado”.

Em entrevista a O Eco, no entanto, Graziano garantiu que as afirmações de Sampaio são apenas “opiniões dele” e que São Paulo não está trabalhando neste sentido. Para validar sua opinião, o secretário de Meio Ambiente citou a aprovação na Assembléia Legislativa da Lei de Proteção do Cerrado Paulista e a unificação do processo de licenciamento ambiental em um só órgão, a Cetesb, o que teria garantido o fim da burocracia nos trabalhos.

Graziano também aproveitou a conversa para desfazer o que, segundo ele, foi um “equívoco”. No último dia 24, O Eco noticiou o descontentamento de ambientalistas de São Paulo em relação à decisão de Graziano em “endurecer” o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema), ao aumentar o número de assinaturas necessárias para pedir revisão de processos. Segundo o secretário, a medida foi tomada, na verdade, porque as Plenárias do Conselho estavam sendo muito usadas para discutir pontos técnicos de empreendimentos, o que foge do conhecimento dos participantes. “Eu quero discutir a descentralização da política ambiental de São Paulo, educação ambiental, e não ficar discutindo EIA/RIMA na Plenária”, disse.

Leia também

Salada Verde
31 de outubro de 2025

Manifesto pede revogação de decreto que adia georreferenciamento de imóveis rurais

Entidades e profissionais afirmam que suspensão até 2029 para propriedades de todos os tamanhos representa retrocesso na governança fundiária e ameaça a segurança jurídica no campo

Reportagens
31 de outubro de 2025

Brasil espera que cúpula de líderes dê o tom das negociações na COP30

Políticos estaduais querem que biomas não florestais tenham mais presença nas negociações e decisões da conferência

Reportagens
31 de outubro de 2025

Novo paradigma energético exige flexibilidade e armazenamento no Brasil, diz pesquisador da USP

Em conversa com ((o))eco, Roberto Rockmann destaca importância do Brasil desenvolver flexibilidade de operação para equilibrar demandas futuras entre diferentes fontes de energia

Mais de ((o))eco

Deixe uma resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.