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Crimes internacionais de Belo Monte

Diretor do filme Avatar promete mobilização contra hidrelétrica. Movimentos sociais recorrem à ONU para responsabilizar governo caso usina saia.

Redação ((o))eco ·
1 de abril de 2010 · 15 anos atrás
James Cameron com lideranças indígenas no Pará. (Foto: Amazon Watch)
James Cameron com lideranças indígenas no Pará. (Foto: Amazon Watch)

Em visita à Amazônia, o cineasta canadense James Cameron disse que em seu retorno para os Estados Unidos vai liderar uma mobilização internacional contra a usina hidrelétrica de Belo Monte, utilizando inclusive seus filmes. Ele esteve na região de Altamira para conferir a dimensão do estrago com os próprios olhos e falar com os índios. A experiência o motivou a escrever uma carta a ser entregue ao presidente Lula sobre seu contato com as populações que serão atingidas. Cameron chegou a afirmar que os recursos que o governo brasileiro vai investir numa hidrelétrica “quase inútil” são três vezes mais do que Barack Obama pretende gastar para renovar as fontes de energia dos Estados Unidos. O diretor do filme Avatar prometeu voltar ao Brasil e acompanhar a licitação para construção da usina.

Também nesta semana Belo Monte atraiu atenção internacional depois que movimentos sociais entregaram um documento recheado de denúncias sobre as irregularidades do licenciamento da usina hidrelétrica à Organização das Nações Unidas. O manifesto foi assinado por mais de 100 entidades e pretende ser o estopim para que o Brasil seja responsabilizado internacionalmente pelos crimes ambientais e violações de direitos humanos caso a usina saia mesmo do papel.

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