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Desmate e emissões em alta

Imazon confirma tendência de alta no desmatamento registrado em fevereiro. Corte subiu 41% em relação a 2009. Mato Grosso concentrou 75% da devastação.

Redação ((o))eco ·
9 de abril de 2010 · 15 anos atrás

Um dia após a ministra do meio ambiente, Izabella Teixeira, anunciar uma queda de 51% no desmatamento registrado pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (DETER) nos sete primeiros meses do calendário do desmate na Amazônia (agosto a fevereiro), o Imazon divulgou os dados do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) para fevereiro de 2010. E, só neste mês, segundo a organização, o desmate, em vez de cair, subiu 41%. O DETER também havia registrado, na análise mês a mês, um aumento de 29% em fevereiro, com a ressalva de que muito pouco se viu pelos satélites por causa da concentração de nuvens em 80% da região. No caso do SAD, as nuvens bloquearam 40% da área avaliada.

Foram 88 km2 desmatados na Amazônia Legal em fevereiro, de acordo com o SAD, cujo refinamento de imagens é bem maior do que o DETER. De agosto de 2009 a fevereiro de 2010, o desmate totalizou 924 km2 (aumento de 23% em relação ao período anterior). Como o DETER havia indicado, a maior parte do desmatamento observado ocorreu em Mato Grosso (75%), estado que também concentrou nada menos que 99% de toda a degradação florestal indicada pelas análises do Imazon. O Pará contabilizou 1% de área degradada nesse período.

Em relação às emissões de carbono decorrentes de decomposição e queimadas, o Imazon considerou que houve aumento de 35% se forem comparados os períodos de agosto de 2009 a fevereiro de 2010 em relação a agosto de 2008 a janeiro de 2009, quando o desmate foi de 749 km2.

Veja o relatório completo aqui.

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