O ciclo da responsabilidade compartilhada
A responsabilidade compartilhada, uma das principais inovações, levará cada integrante da cadeia produtiva a se responsabilizar, junto com os titulares dos serviços de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, pelo ciclo de vida completo dos produtos – desde a obtenção de matérias-primas e insumos até o processo produtivo e a disposição final.
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São Paulo -Quantos sacos de lixo você produz diariamente e qual o destino que dá a eles? Até agora essa resposta cabia só aos cidadãos. Agora, a resposta será uma preocupação conjunta com as empresas – afinal, se elas lucram vendendo, também devem se responsabilizar pela destinação final de seus produtos. Essa é a principal mudança do da Política Nacional de Resíduos Sólidos aprovada no Senado nesta quarta-feira. Aprovado em março na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei tramitou por 19 anos .
“A Política Nacional de Resíduos será o marco regulatório do setor, trazendo diretrizes e objetivos para uma adequada gestão”, ressalta Carlos Roberto Silva Filho, diretor executivo da Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe). Para ele, a nova política mudará o modelo adotado na gestão de resíduos nas cidades, não só por instituir a responsabilidade compartilhada, mas também por criar a obrigatoriedade de implantação de sistemas de logística reversa. “Com isso os municípios terão que adotar novas práticas e sistemas para coleta, transporte e destinação, para propiciar a recuperação e o retorno dos resíduos a processos de reciclagem”, afirma. A Política seguirá para sanção presidencial. (Lúcia Nascimento)
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