Uma “pegadinha” da turma da bike em São Paulo tem movimentado fóruns de discussão na internet e chamado a atenção para a mobilidade urbana na capital paulista. Nesta quinta-feira (27), uma das avenidas mais movimentadas de São Paulo, a Vergueiro, amanheceu com o símbolo de uma bicicleta estampado em uma faixa de restrição de uso que está sendo pintada nesta via da capital (veja foto).
![]() |
A inscrição no pavimento acendeu os ânimos dos ciclistas de São Paulo, que lutam há anos para que o governo municipal crie mais espaços e condições para este tipo de meio de transporte – atualmente a capital possui apenas poucos quilômetros de ciclovias, a maioria delas em parques.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a pintura é clandestina e será apagada ainda esta noite. A separação do trânsito, na verdade, está sendo feita para a criação de uma futura motofaixa no corredor Vergueiro/Liberdade, que liga o centro de São Paulo a pontos da zona sul da capital. A motofaixa tem extensão de 3,5 km em cada sentido. A obra está em fase de conclusão e adaptação do trânsito, mas não há previsão de data para ser inaugurada.
Em nota, a CET informa que as pinturas “são um desserviço aos ciclistas, uma vez que os induz a correr riscos ao circular em uma faixa que não foi planejada para receber bicicletas, nem oferece segurança necessária”. Depois da alegria, que durou tão pouco, os ciclistas se perguntam “vamos por onde”? (Cristiane Prizibisczki)
Leia também

A adaptação precisa levar em conta a desigualdade nas cidades
Conversa em podcast discute as formas como eventos extremos afetam diferentes territórios e maneiras de adaptação possíveis de serem realizadas →

Em ano de COP 30, senadores querem criar uma frente para explorar petróleo na Amazônia
Embora os senadores digam que a exploração estaria “elevando a importância geopolítica do país”, abrir novos poços de petróleo e gás, na verdade, prejudica a imagem do país no exterior →

O sabor da Amazônia está mudando
A insegurança alimentar está diretamente ligada às mudanças climáticas e ao aumento do preço dos alimentos, tornando pratos comuns inviáveis para muitas famílias →