![]() |
“Aqui por todo lado tem água. Essa mesma Chorrera esteve aqui sempre, eu já tenho 60 anos e antes isto já existia. Isto nunca acaba, são as nascentes da Virgem de Água Santa. Aqui a água não vem por tubos, todo é de manancial natural. Lá encima tem bastantes olhos d’água, e de lá que nos dão água potável”.
Frente às piscinas de águas termais, é obvio que grande parte do turismo vem pela água, “porque a gente se cura”. E é que como nos conta Maria Julia, são os médicos quem receitam a seus pacientes visitar as termas. “A água é muito bom para o reumatismo, os ossos; para todo é bom essa água quente”.
María Julia também conta que às vezes chegam pessoas doentes para tomar banho na cascata, em vez de ir às piscinas porque não tem para pagar a entrada, mas do mesmo jeito são curados. “Os feridos se curam aqui, porque dizem que viram a Virgem tomando banho na cascata e desde então ficou bendita a água”.
Ela também acredita nas bondades que tem a água; lavando uma jaqueta, ela nos diz que de vez em quando bebe água da cascata, porque lhe ajuda com dores de estômago.
Como a cesta de roupa ainda está pela metade, María Julia com confiança nos diz que tem que continuar com seu trabalho. Com as mãos molhadas nos despede recomendando-nos ir ao pequeno santuário perto da cascata e que bebamos um pouco de água. “Nada perdem provando”, diz rindo enquanto pega uma calça para lavar.
Leia também

Árvores gigantes no Amapá recebem sinal verde para tombamento
Parecer favorável da SEMA-AP segue recomendação do MP para que árvores gigantes sejam protegidas por lei. Uma delas está sob risco pela proximidade com o garimpo →

Arara-azul é reconhecida como ave símbolo de MS
Lei sancionada no dia 03 de julho reconhece a importância ecológica e turística da espécie ícone da biodiversidade sul-mato-grossense →

Os impactos desproporcionais da enchente
Jornalismo tem a obrigação de destacar que desastre no Rio Grande do Sul afetou fortemente populações marginalizadas →