
Hoje, 29 de outubro, é Dia Nacional do Livro. A data foi instituída em homenagem à fundação da Biblioteca Nacional. No dia 27 de setembro um dos livros mais importantes do ambientalismo fez 50 anos de existência. Juntamos os dois fatos e resolvemos prestar uma pequena homenagem à “Primavera Silenciosa”, da bióloga americana Rachel Carson.
Publicado em 1962, o livro tem como mérito tirar a questão ambiental do nicho restrito dos cientistas e ampliar a discussão dos cuidados com o uso de produtos químicos e a contaminação ambiental. O estudo alertava para os efeitos nocivos à saúde humana e para o meio ambiente oriundo do uso indiscriminado de agrotóxicos, principalmente o DDT. Virou best-seller.
“Primavera Silenciosa” foi inicialmente publicado como uma série de artigos na revista “The New Yorker”, e depois lançado como livro pela editora Houghton Mifflin.
Carson morreu dois anos depois da publicação da primeira edição, vítima de um câncer. Em 1980, o governo americano concedeu a bióloga, post mortem, a mais alta condecoração concedida a civis: a Presidential Medal of Freedom.
Por causa da autora, teve início um movimento, primeiro nos EUA, depois no mundo todo, contra o uso do agrotóxico DDT, que acabou abolido ou teve seu uso restrito. Em matérias e colunas publicadas aqui em ((o)) Eco, o livro de Rachel Carson é citado como personagem e fonte, caso dessa coluna de Fernando Fernandez sobre o efeito do DDT nos falcões da Ilhas Maurício, ou de artigo de Marcos Sá Corrêa sobre a lista de alimentos contaminados por agrotóxicos que chegam na mesa do brasileiro.
Leia também
STF derruba Marco Temporal, mas abre nova disputa sobre o futuro das Terras Indígenas
Análise mostra que, apesar da maioria contra a tese, votos introduzem condicionantes que preocupam povos indígenas e especialistas →
Setor madeireiro do Amazonas cresce à sombra do desmatamento ilegal
Falhas na fiscalização, ausência de governança e brechas abrem caminho para que madeira de desmate entre na cadeia de produção →
Um novo sapinho aquece debates para criação de parque nacional
Nomeado com referência ao presidente Lula, o anfíbio é a 45ª espécie de um gênero exclusivo da Mata Atlântica brasileira →




