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O cheiro sufocante de madeiras e carpetes sendo colocados é o que mais chama atenção na visitação às obras do Riocentro, onde será a sede da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. São 100 mil metros quadrados de pavilhão, sendo 23 mil metros quadrados ocupadas com tendas temporárias. É uma travessia incômoda para o nariz, por causa do odor, e sofrida para os pés, e recomenda-se usar sapatos confortáveis.
As obras, garante o secretário nacional de organização da Rio+20, Laudemar Aguiar, estão dentro do prazo: o cronograma prevê que tudo estará pronto no dia 5 de junho, quando às chaves do Riocentro serão entregues à ONU. No intervalo dos dias 5 à 12 de junho, haverá pequenos reparos e testes e “no dia 13 o Riocentro estará perfeitamente concluído e entregue para o funcionamento da conferência”, afirmou ele.
Estrutura de uma cidade
O Riocentro funcionará com energia própria, usando geradores capazes de atender a uma cidade de 120 mil habitantes. Serão 17 restaurantes, localizados no Pavilhão 2, e toda uma estrutura para atender 38 mil pessoas por dia. A área é 4 vezes maior do que a utilizada na Rio 92, considerada a maior conferência de meio ambiente já realizada.
A segurança ficará a cargo do Ministério da Defesa, que contará com o apoio de 1.200 homens somente do exército só para a área do Riocentro. Haverá também policiais militares, bombeiros e guardas municipais.
Virão delegações de pelo menos 176 países e 102 chefes de estado e de governo já confirmaram presença. Durante a coletiva dessa quarta, os jornalistas ficaram decepcionados quando Aguiar se recusou a dizer quem virá para a Conferência: “não cabe ao governo brasileiro, as delegações dos países é que podem responder a essa pergunta”, disse.
Transporte e trânsito
Não haverá estacionamento nos locais dos eventos, então é melhor optar pelo transporte público. Para o transporte dos credenciados que irão ao Riocentro ou a outros locais onde também funcionará a Conferência, serão utilizados 350 ônibus.
Entre a chegada dos chefes de estado e de governo até o último dia da Cúpula dos Povos, período entre o dia 18 e 23 de junho, o trânsito será perturbado pela passagem dos batedores com as comitivas oficiais. As linhas Vermelha e Amarela, Avenida das Américas, Orla da Zona Sul e o elevado da Perimetral, artérias importantes da cidade, terão o fluxo duramente afetado.
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A Prefeitura do Rio já mostrou à imprensa os esquemas do trânsito durante coletiva de imprensa, na terça-feira. O power point da apresentação pode ser visto neste link.
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