Desde que o luthier francês François Tourte projetou o primeiro arco de violino com madeira de pau-brasil (Caesalpinia echinata), em 1775, os músicos não quiseram saber de outra coisa. De forma gradual, mas definitiva, a espécie que deu nome ao país virou a menina dos olhos dos produtores de arcos para violas, violoncelos e afins. Mas com a proibição do corte pelo Ibama, em 1987, e os estoques limitados para a produção das peças, os chamados archetários começaram a se mobilizar para não perder seu ganha pão. E são eles os principais agentes que hoje lutam para que a árvore não desapareça do mapa.
Usada exaustivamente pelas indústrias de tinturaria e construção desde que as caravelas de Pedro Álvares Cabral aportaram por aqui, a árvore que já cobriu todo nosso litoral ainda não foi extinta, apesar de muitos pensarem o contrário. Sua situação, porém, está longe de ser cômoda. Os exemplares que restaram pingam aqui e ali, principalmente no Norte do Espírito Santo e Sul da Bahia.
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