Daniele Bragança
![]() |
Em função das mudanças climáticas, não serão poucas as dificuldades pelas quais o Rio de Janeiro e as Cidades da Região Metropolitana enfrentarão: ondas de calor mais longas, chuvas mais intensas e freqüentes; inundações; alagamentos; diminuição da água doce disponível; temperaturas mais elevadas e aumento do nível do mar, além de problemas de saúde da população, tais como o aumento no caso de dengue (aumento da umidade e mais chuvas) e leptospirose (devido ao aumento de ocorrência de enchentes).
O relatório destaca o problema dos aterros sanitários, principalmente daqueles situados em áreas de possível alagamento. A elevação do nível do mar pode trazer preocupações principalmente no aterro de Jardim Gramacho, localizado próximo à foz dos rios Iguaçu e Sarapuí. Em um cenário mais pessimista, uma possível “ruptura do aterro com o consequente assoreamento do leito desses rios poderá ocasionar o alagamento de grandes áreas na Baixada Fluminense, com prejuízos humanos e materiais incalculáveis.”
Segundo os especialistas, os efeitos das mudanças são irreversíveis, mas podem ser minimizados com adaptação e políticas públicas adequadas, e que sejam adotadas o mais rápido possível.
A população, hoje mais de 11,5 milhões de pessoas, terá que aprender a conviver com eventos mais extremos e freqüentes, e os governos (municipais, estaduais e federal) a conceber uma nova maneira de pensar e executar políticas públicas.
O estudo conclui que a produção de conhecimento a respeito do monitoramento que permitem aumentar a previsibilidade dos fenômenos naturais, aliados a cooperação política institucional das cidades que estão unidas nessa mesma vulnerabilidade – mas que são tratadas como unidades isoladas e não como parte de um mesmo conjunto – são fatores essenciais para a adaptação das cidades, não só do Rio de Janeiro e da Região Metropolitana, aos desafios que as mudanças climáticas impõem.
Leia também

Alertas de desmatamento na Amazônia aumentam 55% em abril
Apesar da taxa do Deter no acumulado do ano mostrar estabilidade, com queda de 5% em relação ao mesmo período do ano anterior, alta do desmatamento na Amazônia em abril liga alerta →

A tragédia do plástico num santuário de aves marinhas
Esse e outros resíduos já contaminaram animais e ambientes na Baía de Paranaguá, de praias a ilhas e unidades de conservação →

Leão XIV: Da América de Trump, um novo papa ambientalista
Prevost tem se manifestado abertamente sobre a necessidade de uma ação urgente em relação às mudanças climáticas e já disse que homem não pode ser um “tirano” em relação à natureza →