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O consumo médio de pescados por pessoa alcançou a média de 17kg, segundo o relatório mais recente da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Apesar da aquacultura estar em rumo para superar a pesca de captura com a principal fonte de peixes, com sua produção crescendo quase 7% ao ano, a publicação destacou que o estado das populações de peixes não melhorou.
A produção mundial de peixes e seus derivados subiu de 142 milhões de toneladas em 2008 para 145 milhões no ano seguinte.
A população nunca comeu tanto peixe e cada vez mais pessoas estão empregadas ou dependem do setor pesqueiro/aquicultor. Em geral, a pesca e a aquicultura figuram como a parte mais importante da subsistência de um número estimado em 540 milhões de pessoas, 8% da população mundial. O relatório da FAO analisa os crescentes esforços legais para controles mais rígidos sobre o setor pesqueiro como, por exemplo, através de medidas de comércio e contra a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada.
A crescente demanda por peixes destaca a necessidade de uma gestão sustentável dos recursos aquáticos. O relatório recomenda uma abordagem ecossistêmica da pesca, que é uma abordagem integrada para o balanceamento de objetivos sociais com o estado da atividade pesqueira e seu ambiente natural e humano.
Veja aqui relatório completo do FAO
O WWF divulgou uma nota após o SOFIA-2010 (State of the World’s Fisheries and Aquaculture) alertando que a crescente procura por pescados tem enormes implicações para a segurança alimentar mundial e do estado dos oceanos, lagos e rios. A entidade recebeu bem a ênfase do relatório SOFIA sobre a necessidade de acabar com a pesca ilegal, não declarada e não regulamentada (IUU) .
O relatório SOFIA recomenda melhor utilização dos avanços tecnológicos para auxiliar na gestão das pescas. O combate à pesca ilegal, por exemplo, pode ser feito com utilização de câmeras de vigilância, algo que já provou ser eficaz em testes e forneceu uma oportunidade para os trabalhadores legais da área comprovarem a atividade praticada nos parâmetros recomendados. O relatório também destaca a necessidade de reforçar a biossegurança em aquacultura, que está fornecendo a maior parte do aumento da oferta de peixes. (Daniele Bragança)
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