A meliponicultura ou criação de abelhas nativas é intimamente ligada aos costumes de pequenos agricultores sertanejos e é essencial para a conservação dos ecossistemas da Caatinga. A discussão e propagação desse sistema sustentável se torna ainda mais importante na atual crise de declínios de colônias de abelhas domesticadas em diversos países e do aumento do número de abelhas nativas na lista de espécies ameaçadas de extinção. Esta e outras questões relativas às abelhas e sua relação conosco serão discutidas no I Workshop Sistema Sustentável - Abelhas, Agricultura e Saúde Humana, de 17 a 19 de setembro de 2018, no Complexo Multieventos da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) em Juazeiro-BA. As inscrições vão até 15 de setembro.   O participante poderá se inscrever no evento e também em um dos grupos de trabalhos propostos para o Workshop, para participar das discussões previstas para cada tema. O evento é promovido pelo Centro de Conservação e Manejo de Fauna da Caatinga (Cemafauna Caatinga), e a pesquisadora Aline Candida Ribeiro Andrade, professora associada ao curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina-PE, é uma das organizadoras. Ela será a coordenadora da primeira plenária, intitulada “Por que as abelhas estão desaparecendo?”, exposta pelo conferencista professor Lionel Segui Gonçalves, integrante do projeto ‘polinizadores do Brasil’ e fundador dos movimentos internacionalmente conhecidos ‘Sem abelha, sem alimento’ e ‘Bee or not to be?’.   “Os cursos e discussões no evento irão envolver práticas e tecnologias produtivas que incluam sistemas agroflorestais, incluindo alternativas como o controle biológico, manejo integrado de pragas, incentivo à extensão e profissionalização dos apicultores e meliponicultores, e financiamento a pesquisas acadêmicas dentro dessa temática”, esclareceu Aline Andrade.